terça-feira, 3 de abril de 2012

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03/04/2012 13h34 - Atualizado em 03/04/2012 15h04
Autor de livro, Fellipe Awi defende MMA: 'Não se pode mais ignorar'
Para repórter do SporTV, pessoas têm o direito de não gostar do esporte, mas não podem negar que sua organização e mobilização de milhões

Por SporTV.com Rio de Janeiro

Transmissões na TV Globo comandadas por Galvão Bueno, capa da revista "Veja", reportagem especial da "Época", entre outros espaços na mídia. Agora, o MMA ganhou as prateleiras das livrarias e bibliotecas. Escrito pelo repórter da SporTV, Fellipe Awi, "Filho teu não foge à luta" é mais uma prova de que a modalidade veio para ficar.

- O MMA chegou em um ponto que não pode ignorar. Você pode não gostar, achar que é violento. É um direito de todo mundo. Claro que é um esporte forte para quem não gosta de ver sangue, uma coisa comum no MMA. Tanto que alguns lutadores chamam de suor vermelho, porque é tão comum e natural como suar dentro do octogonon. Agora, não dá para negar que é um esporte organizado, com regras e que movimenta tantos milhões e tanta gente - disse Fellipe Awi no "Redação SporTV" desta terça-feira.

Se em junho o estádio do Engenhão, no Rio de Janeiro, vai receber o UFC 147, Awi lembrou que na década de 1950 o Maracanão foi palco do desafio entre Hélio Gracie e o japonês Kimura, prestigiadas por autoridades políticas, como o então presidente do Brasil Café Filho.

Toninho Nascimento lembrou dos momentos de ostracismo do esporte nas décadas de 70 e 80, quando a violência saiu dos ringues e invadiu as boates do Rio de Janeiro e ressaltou a recuperação da modalidade com a profissionalização e a consolidação encaminhada. Sobre os dias atuais, Awi citou uma característica da modalidade.

- Uma coisa que não tem em outros esportes. Existe quase um monopólio. UFC é a liga do Dana White. Muita gente confunde MMA com UFC. Acha que o esporte se chama UFC tamanho o monopólio - disse Awi.

O livro será lançado às 20h desta terça-feira, na Livraria Travessa do BarraShopping, no Rio de Janeiro.
No momento da entrada no UFC Rio, em agosto do ano passado, Anderson Silva provocou algumas vaias do público por estar usando a camisa do Corinthians, clube que representa. Depois da vitória sobre o japonês Yushin Okami, Spider reclamou da reação da torcida e disse que representa o Brasil, e não um clube. Outros lutadores também lutam amparados pelo futebol, como José Aldo, do Flamengo, e Minotauro, do Internacional.

A opinião de Anderson Silva é compartilhada pelo repórter do SporTV, Fellipe Awi, que nesta terça-feira participou do "Redação SporTV" para divulgar o seu livro, "Filho teu não foge à luta", primeira obra nacional sobre o MMA. Para Awi, a modalidade pode evoluir por conta própria.
(...) o brasileiro torce no MMA como torce no futebol."
Felipe Awi

- Acho errada a reação do torcedor. Ele tem que saber parar. Agora, é desnecessário (a relação com o futebol). O MMA está andando com as próprias pernas - disse Awi.

Mesmo que não precise do futebol, o MMA possui características semelhantes. Como a reação da torcida, independente do que aconteceu com Spider.

- Se você for a um UFC nos Estados Unidos é diferente. Quando Dana White falou "eu nunca vi um público como o brasileiro", ele não estava sendo demagogo. Poderia até aproveitar isso, mas não estava. É muito mais diferente a reação do público nos Estados Unidos. É muito mais contido. Claro, também é uma festa, mas o brasileiro torce no MMA como torce no futebol. E aí houve um problema com o José Aldo e o Anderson Silva, que hoje representam clubes de futebol, que é outra discussão.

Para outro convidado do programa, o editor de esportes de "O Globo", Toninho Nascimento, levar as facções organizadas para dentro dos ginásios é um absurdo:

- Botar torcida organizada para dentro de MMA vai dar confusão. Tem tudo para dar errado o dia em que lutar um torcedor do Flamengo e um lutador do Corinthians - disse Toninho.

"Filho teu não foge à luta" será lançado às 20h desta terça-feira, na Livraria Travessa do BarraShopping, no Rio de Janeiro.

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